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Fotos do reveillon de 2006 em São Thomé

Postado: na Agência Sinc
Escutando: Scorpions - Hurricane 2000

Depois de quase 6 meses de atraso, finalmente consegui publicar as fotos do final de 2006 na minha galeria no DeviantART.

Chegamos da Lua-de-Mel em Fortaleza exatamente na manhã do dia 25 de Dezembro, depois de esperar 4h no aeroporto, graças a uma pisada de bola da Gol que vendeu mais passagem do que deveria.

Então, almoçamos com a família e, no dia seguinte, partimos para São Thomé das Letras, em Minas Gerais, com a pretensão de passar o ano novo por lá.

A última vez que fomos para lá, descobrimos uma pousada que tinha o sobrenome da família da mãe dela: Catta Preta. A Fê acabou descobrindo que a família dela vem de lá e que essa pousada poderia mesmo ser de algum parente dela. Por isso, antes de casarmos, ela havia reservado um quarto para a última semana do ano.

Quem conhece São Thomé sabe que lá não é lugar para frescura, todas as pousadas são meia-bocas. Só servem para ter um lugar coberto para dormir e ponto. Essa pousada não fugia a regra. E realmente, ela era de um senhor que pertence a algum galho perdido na árvore genealógica da Fê.

Chegamos as 4h30 já dando a primeira pisada de bola. Em vez de deixarmos as coisas na pousada, comer algo e ir ver o nascer do sol no Morro do Cruzeiro, revolvemos dormir um pouco e fazer isso outro dia... nos arrependemos amargamente disso depois.

O dia não amanheceu com um clima muito bom. Soubemos de um ônibus que fazia excursão pela cidade, mas não encontramos. Então fomos atrás de um jipe. Depois de esperar um pouco, partimos para conhecer quatro lugares: Toca do Tico Taquara, Ladeira do Amendoim, Gruta do Carimbado e Cachoeira das Borboletas. Tudo muito legal, só que as bestas não levaram nem roupa extra e nem toalha... nos arrependemos mais ainda disso nos próximos dias.

No segundo dia, o clima estava um pouco pior. Porém, encontramos o raio do ônibus. Na praça da Igreja de Pedras, próximo da rodoviária, há um ônibus chamado Transpororoca, que faz uma excursão em cinco pontos turísticos por R$ 10,00 e costuma sair da praça entre 9h e 10h, desde que esteja cheio.

Atenção: o Pororoca (dono do busão) só conhece os lugares que visita, não sabe de nada das histórias ou lendas. Se você tem interesse sobre essas curiosidades, vale mais apena procurar um jipeiro como guia. Sai mais caro mas você fica sabendo sobre toda a história dos lugares.

A primeira vista assusta, pois é um ônibus velho daqueles que a CMTC tinha na década de 80, caindo aos pedaços. Só que o velho adaptou um motor de trator nele. O busão aguenta uns terrenos melhor do que muito 4x4 por ai. Partimos e visitamos vários pontos legais. Muitas fotos.

Só que, na última cachoeira, chuva! Alias, uma bela chuva. Em São Thomé, não há asfalto e nem cimento, só pedra, terra e barranco. Ninguém botou uma fé que o ônibus aguentaria voltar para o centro... o pior é que aguentou honrosamente.

Desse dia em diante, não parou mais de chover na cidade. Passamos quatro dias enfurnados na pousada ou andando pela cidade (que deve ter cinco quarteirões no máximo)... acho que decorei a cidade toda. Para ajudar, tínhamos feito todos os passeios possíveis, pois ninguém se atrevia a ir até os outros lugares sob chuva.

Foi ai que nos arrependemos de não ter aproveitado o primeiro dia para ter visto nascer do sol ou entrar na cachoeira. Para ajudar mais ainda, a cidade ficava no cume da montanha, então passamos o resto da semana literalmente dentro de uma nuvem, que estava atravessando a montanha. Não deu nem para ver o por do sol durante a semana.

Para foder de vez, descobrimos que São Thomé é invadida por imbecis em feriados e datas comemorativas. A cidade estava infestada de idiota desfilando com o som no último volume em seus carros de playboys. Não acreditei que estava escutando funk em São Thomé. Nem o casal de cariocas que conhecemos estavam aguentando isso. Estava parecendo 25 de Março em véspera de natal.

A salvação foi na virada do ano. O clima estava igual, nublado, chovendo e demonstrando que não iria melhorar. Resolvemos passar a virada no Gnomo's Bar. Foi a melhor coisa que fizemos na semana.

Além da tradicional pizza na pedra, o vinho de lá é muito bom e custava apenas R$ 2,00 cada copo com 230ml (bebemos muito nessa noite). O ambiente é muito bom e sempre tem música ao vivo.

Na noite da virada, estava tendo o show de dois carinhas (durante o show, descobrimos que o cantor se chamava Batata). O bateirista era o destaque, pois parecia o Capitão Caverna. No começo tudo era muito normal, mas depois, o bateirista começou a destruir as baterias, no bom sentido. O cara é muito bom, era um show a parte. Como me arrependi de não levar a câmera. Quando voltamos, a Fê descobriu no Orkut que o bateirista se chamava Helião, muito famoso por lá. Ele era ex-bateirista da banda do Ventania (outra figurinha).

Depois dessa semana surrpe imporrrganti, voltamos para São Paulo desejando nunca mais voltar durante um feriado.

MORAL DA HISTÓRIA:
São Thomé das Letras é uma cidade que deve ser visitada em apenas um final de semana, senão fica chato. Aconselho o seguinte:


  1. Evite feriados e datas comemorativas para não pegar a cidade lotada. O lugar possui um encanto muito legal quando vazia. Também evite ir no final do ano (época das chuvas) ou no meio do ano (o frio é de matar).

  2. O esquema é ir no início da prima-vera (nem muita chuva e nem muito frio) e chegar no sábado de manhã, deixar as coisas na pousada e ir para o Morro do Cruzeiro ver o nascer do sol.

  3. Depois, tomar um belo café da manhã. Aconselho a procurarem o Café com Arte perto da praça com os jipeiros. O pão-de-queijo e o chocolate quente são uma delícia.

  4. Devidamente "comido", procurar o Transpororoca e conhecer o máximo de lugares possíveis.

  5. Depois do passeio, passe na rodoviária e compre as passagens de volta para o domingo a tarde.

  6. Vá conhecer o centro da cidade. Se entrar em todas as lojas, isso deve levar 1h30 no máximo.

  7. Pelo final da tarde, volte ao Morro do Cruzeiro para ver o por do sol.

  8. Conheça o resto da cidade que ainda não viu e vá para a pousada tomar um banho. Se tiver acompanhado de alguém mais intimo, vá se divertir para abrir o apetite... ou vá fazer qualquer outra coisa.

  9. De noite, vá ao Gnomo's Bar para comer uma pizza na pedra e tomar um vinho.

  10. Depois da janta, suba até o Bar do 2, no pé do Morro do Cruzeiro, para passar o resto da noite sentado nas pedras, vendo as estrelas, bebendo e jogando conversa fora. Se der sorte, o Ventania estará fazendo um show por lá.

  11. No domingo pela manhã, se estiver em condições orgânicas para isso, vá ao Morro do Cruzeiro para ver o nascer do sol de novo.

  12. Aproveite a manhã para explorar o resto do cume. Vá conhecer a Pirâmide, a Pedra da Bruxa, a Toca do Leão e o que der mais.

  13. Almoce, compre as lembranças que faltaram e vá se prepara para a viajem de volta.


Se seguir esses passos, você precisará visitar São Thomé das Letras apenas três vezes cara conhecer tudo.

CutuKaqui para ver a lista das fotos que publiquei.

Você também pode ver mais fotos sobre a viajem no MSN Spaces da Fê.

Um comentário:

  1. eu sempre q vou pra São tomé ouço rock e chapo o coco, agora descobri o qto é bom, juro q na próxima aproveito mais!!!

    ales Barão, show as dicas!!!!!

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