Hagane: The Final Conflict

Terça-feira de noite, foi dia de fazer orientação do PIM dos alunos de Computação Gráfica na UNIP. Esse ano eles terão que fazer GDD (Game Design Document) para um jogo fictício.

Um dos grupos disse que estava pensando em fazer um jogo de um samurai ciborgue demoníaco e, na hora, me lembrei de uma velho jogo do Super Nintendo chamado Hagane: The Final Conflict.

Desenvolvido pela Red Entertainment e produzido pela Hudson Soft, é um jogo de plataforma em side-scrolling, lançado em 1994 tanto nos EUA quanto no Japão.

Seu estilo era muito parecido com Ninja Gaiden (exatamente como os outros 90% do jogos que tinham ninjas) e o enredo pura década de 90... se liga na cheiração de cola.

No Japão antigo, existiam duas famílias, Fuma e Koma, que disputavam para se tornar o principal clã ninja. Para aumentar seu poder, passaram a procurar relíquias sagradas.

Após uma luta sangrenta entre as duas famílias, o clã Fuma se apoderou do Santo Graal, que segundo a lenda garantiria poder e imortalidade a quem o possuísse.

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É isso mesmo que leu, o Santo Graal foi parar no Japão em algum ano do período Yayoi. Ah se Robert Langdon soubesse disso...

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Por várias gerações, os sobreviventes do clã Koma juraram vingança, até que no futuro eles conseguiram roubar o Santo Graal e dizimar quase todos os ninjas do clã Fuma.

Entretanto, um membro do clã Fuma sobreviveu, mas seu corpo estava em estado muito grave, sendo mínimas as chances dele se recuperar. Um velho monge chamado Momochi, conseguiu através das artes místicas remover o cérebro deste ninja e colocá-lo em uma armadura ninja cibernética.

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Porra! Alguém me explica por que um monge, que consegue tirar um cérebro usando magia negra, precisou iventar um corpo cibernético para colocá-lo ?

Alias, além de monge ele também era mago das trevas e cientísta louco ?

Isso me faz pensar quantas vezes escutei algo parecido durante a década 90. Não, é sério. Procura demon ninja cyborg no google para ver uma coisa.

Enfim, nascia assim Hagane e sua missãono jogo é recuperar o Santo Graal e vingar a hora de seu clã... mentira, sua missão é matar tudo o que ver pela frente e economizar os especiais para detonar os chefes de fase.

Um pouco de cultura inútil: o blog SNES Forever disse que Hagane quer dizer ação em japonês. Agora, você pode pensar em uma tattoo.

Agora, esquecendo essa baboseira e partindo para o que importa, o jogo era muito foda, um dos melhores para o Super Nintendo.

Ele foi produzido bem no auge da guerra dos consoles 16 bits, quando a Nintendo e a Sega estavam disputando pela liderança no mercado.

Os gráficos do jogo são era para a época absurdos. Existia uma quantidade assombrosa de efeitos de luz e textura feitos com pixelart.

A jogabilidade erabem interessante e não se resumia apenas em pular a baixar e "sentar" o dedo no botão de ataque. Era bem divertido jogá-lo, mas a dificuldade era um saco... como os jogos de antigamente eram difíceis.

Como se isso já não bastasse, sua triha sonora também foi muito bem produzida por ninguém menos do que Takahito Eguchi. Como sei que tem gente que gosta dessas coisas, aqui vai um link do site SNES Music para baixar a trilha sonora do jogo.

Na verdade, o que me marcou mesmo nesse foi o fato da arte do jogo ter sido feita por Keita Amemiya. Ele é um dos artistas japoneses que mais admiro, responsável pelo visual de Zeiram e Hakaider, mas provavelmente você o conhece melhor por Jiban e Garo.

Alias, se reparar bem, todas as séries dele tem um estilo bem parecido.

Depois que voltei para casa, fui obrigado a baixar a ROM do jogo e colocar no meu PSP para relembrar os velhos tempos.

Só por curiosidade, acessei o site Gamefaqs e descobri que tem informações lá do jogo. Como isso teria sido útil no passado.

Se você quiser conhecer o jogo e está com preguiça de baixar o emulador e o ROM, parece que dá para jogar no site Play Nintendo. Só que travou para mim logo depois da abertura, tanto no trampo como em casa, usando o FireFox 3 e o IE 8, mas fica a dica.

Para fechar esse artigo com chave de ouro, aqui vai um link para o site Mean Machines com PDF da antiga revista Super Nintendo gringa... porque nostalgia pouca é bobagem.