Tainted Love
Essa semana escutei o álbum Comeblack da banda Scorpions com várias covers e uma delas era a Tainted Love, um dos ícones musicais da década de 80.
Enquanto escutava a música, pensei comigo: "é incrível como algumas músicas são tão boas que ficam ótimas não importe quem cante".
Não que a versão do Scorpions seja ruim, muito pelo contrário, é boa pra caramba, mas lembrei de versões cantadas por outros e que não eram ruins também.
Em todas as versões que já escutei, dos mais diversos gêneros, ela sempre permaneceu empolgante. Então, resolvi falar um pouco dessa música de que tanto gosto.
Apesar de ser um dos grandes hinos da década de 80, ela foi composta em 1965 pelo compositor americano Edward Cobb, mas só viria a fazer sucesso mundial muito tempo depois disso (já vou falar sobre isso).
Sua letra fala de alguém que quer terminar um relacionamento onde só se machuca. Provavelmente é um relacionamento do tipo que passam mais tempo de ofendendo e brigando do que se beijando.
O tema da letra é bem batido, mas acho que o grande sucesso é a sua composição. É um ritmo em que as passadas são muito bem marcadas e o corpo entra em sintonia fácil. Não é muito difícil ver alguém escutando essa música e logo começar a bater o pé no ritmo.
Por isso, acredito que o sucesso das versões mais famosas é ter mantido o arranjo (seja lá qual for) dentro ou próximo da composição original.
Um bando de gente já regravou a música Tainted Love, mas separei as que mais gostei até hoje.
1964 - Gloria Jones
Essa é a versão original de 1965. Gloria Jones é uma cantora americana que gravou muita coisa no estilo Soul e Gospel.
A versão original tem uma pegada de Jazz com uma batida que quase chega no Funk (Funk de verdade, não aquela merda importada do Rio de Janeiro) e isso explica muito porque essa música tem uma melodia empolgante.
Um fato curioso: a Gloria Jones foi uma cantora muito talentosa, mas nunca fez muito sucesso. Porém, era mais conhecida como a namorada de Marc Bolan, líder da banda T. Rex, em que chegou a tocar teclados e fazer backing vocal. Alias, era ela quem estava dirigindo o carro no acidente que o matou em 1977.
1981 - Soft Cell
É a versão responsável pelo grande sucesso mundial e, provavelmente, a que você conhece.
Gravada pela dupla inglesa que fazia muito sucesso usando teclados e sintetizadores em suas composições. Como mistura muitos elementos de rock, eletrônico, pop, industrial, usando temáticas sexuais e sombrias, conseguiam agradar a vários públicos diferentes.
Na minha opinião, a principal contribuição deles é o tradicional "tum-tum" com o teclado, baixo e bateria (ora separados e ora ao mesmo tempo) marcando o ritmo na música, fazendo muita gente cerrar o punho e fingir bater junto com a marcação.
O sucesso dessa versão foi tanto que, graças a eles, essa música ficará eternamente relacionada a década de 80.
1985 - Coil
De longe, é a versão mais sinistra e sombria que já escutei até hoje, mais do que a versão do Marilyn Manson.
A Coil (sério, nunca vou me acostumar a tratar uma banda no feminino) é uma banda formada pela dupla inglesa que faz experimentações, apesar de ter uma pegada mais estilo rock industrial.
Sua versão de Tainted Love, além de ter uma melodia sinistra e deprimente, também tem um videoclipe muito bizarro. Veja e tire suas próprias conclusões.
2001 - Marilyn Manson
Já que falei nele, vamos a sua versão. Antes, é preciso esclarecer de que não é bizarra e sim mórbida. Não parece, mas tem uma diferença.
Ao contrário da versão da Coil, sua principal característica é ser mais pesada, as guitarras e bateria "correm soltas" e a mixagem, junto com o vocal, dá um aspecto mais metálico. Isso fica muito evidente na hora do "tum-tum", que vem como duas pauladas.
2008 - Biquini Cavadão
A banda Biquini Cavadão é uma das minhas preferidas e "vira-e-mexe" fazem uma cover da Tainted Love nos shows.
Gosto bastante dessa versão porque a forma como o Bruno Gouveia canta a deixou bem pesada.
2011 - Duffy
Separei essa versão porque gosto bastante da Duffy. Sua carinha bonitinha engana muito, pois ela faz um Jazz de altíssima qualidade, claro, com arranjos modernos.
Por causa de seu estilo, é a que chega mais próxima da versão original.
2011 - Scorpions
É a versão que me motivou a publicar essa postagem.
Bem, é a banda Scorpions e só isso basta para dizer o quanto a música é legal.
1993 - Cônicos e Cômicos
Claro que ia deixar a melhor versão de todas por última.
A música Tainted Love fez parte da trilha sonora do filme Cônicos e Cômicos (1993) e tem uma cena em que o Beldar (Dan Aykroyd) a canta para distrair todo mundo.
É muito bom de tão ruim que é!
Pensando: é mais fácil minha filha nascer do dar 16h
Escutando: Scorpions feat. Tarja Turunen - The Good Die Young
Jogando: Batman: Arkham Asylum (PS3)
Montando: MG FAZZ (Sentinel Ver.)
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