Livro Contos Inacabados de J.R.R. Tolkien

Terminei de ler o livro Contos Inacabados de J.R.R. Tolkien. Não via a hora de terminá-lo, não gostei muito dele.

Postado: na M.Cassab
Estado: falta muito para as 17h30 ?
Lendo: Silmarillion (JRR Tolkien)
Jogando: Oneechanbara Revolution (Nintendo Wii)

Contos Inacabados
Autor: J.R.R. Tolkien (editado por Christopher Tolkien)
Editora: Martins Fontes
Número de Páginas: 592
Ano: 1980 (2002)
ISBN: 85-336-1537-X

Depois que li o livro O Senhor dos Anéis (aquela versão grossa com os três juntos), resolvi comprar todos os livros ligados a história, pois havia gostado muito do estilo de como Tolkien escrevia.

Em maio, minha esposa e eu conseguimos fazer o armário que estava faltando no quarto que reservamos para "a bagunça" e tivemos que fazer uma mega limpeza para nos livrarmos das tralhas que acumulamos... e como juntamos tralha...

Pegamos um monte de livro e levamos para um sebo, que tinha o Contos Inacabados e o Silmarillion dando bobeira. Aproveitei e levei os dois (também levei dois livros do Sandman, mais isso não vem ao caso).

A primeira coisa a ser dita sobre Contos Inacabados é que, originalmente, esse livro (que se chamava Contos Inacabados de Númenor e da Terra-média) foi publicado em 1980 após a morte de Tolkien.

Quando ele morreu, seu filho Christopher Tolkien resolveu pegar tudo o que o pai havia deixado para tentar publicar toda sua obra.

Claaaaaaro que não foi publicado aqui no Brasil, pois só resolveram fazer isso depois do sucesso dos filmes, em 2002... porcos capitalistas...

Porém, o livro tem um problema muito sério. Como o próprio Christopher Tolkien descreve na introdução, ele juntou uma série de anotações do pai e tentou montar o livro. Só que esqueceram de avisá-lo que anotações são rascunhos e nem sempre servem para serem publicados.

Tudo bem, eu entendo a situação dele: o pai morreu e queria de qualquer jeito completar sua obra como homenagem. Mas deveria ter tido mais critérios para isso.

O livro Contos Inacabados faz jus ao título, sendo uma colcha de retalhos com várias histórias curtas e incompletas. Ele também disse que teve que completar algumas, pois muitas anotações não haviam sido finalizadas.

Por causa disso, o texto possui uma infinidade de notas e a narrativa é toda quebrada, tornando a leitura muito cansativa. Confesso que pulei alguns trechos porque fiquei de saco cheio.

O pior de tudo são os nomes... que inferno essa mania de dar quinhentos nomes para tudo. Sem contar a descrição de toda a descendência de um infeliz ao dizer o seu nome.

É sério.

Me foge o trecho agora, mas tem um diálogo com um elfo que até dei risada quando vi (vi, porque nem quis ler o que estava escrito).

O parágrafo tinha 7 linhas, sendo que as três primeiras era o elfo dizendo o nome do carinha e como era conhecido; seu nome elfo; o nome do pai e como era conhecido; o nome da mãe e como era conhecida.

Na boa, depois de ler isso uma quinze vezes, qualquer um começa a pular folhas.

Mas nem tudo é tão descartável assim.

Particulamente, gostei da história de como Tuor encontrou com o deus Ulmo das Águas (que só entendi depois que comecei a ler Silmarillion. Também gostei da história sobre a chegada de Gandalf e dos outros magos, da parte sobre Túrin e de como Gandalf convenceu Thorin a levar Bilbo.

Sinceramente, não posso dizer que o livro é ruim ou bom.

Na minha opinião, acho que serve mais para item de colecionador do que como material de leitura.

Se quiser saber mais sobre ele, dá uma olhada no site Valinor, tem bastante coisa lá.